segunda-feira, 9 de maio de 2011

Atividades

"Texto sobre preconceito"


Outro dia, após uma conversa com a Marina, minha filha, decidi que vamos por em discussão urgentemente (mesmo antes da reunião periódica com os roteiristas), um tema que está me pondo preocupado: nosso aparente preconceito contra as loiras.
         Veja só: a nossa estrela, Mônica. É morena. Sua melhor amiga quase empatando na preferência dos leitores, a Magali, também é morena. A Rosinha, dona do coração do Chico Bento, é morena. As mães de praticamente todos os personagens, são morenas. A Maria Cebolinha... morena. O Cebolinha, o Cascão, o Do Contra, o Nimbus, o Titi... todos morenos.
         As adultas Tina e Pipa? Morenas. 
        Sobram honrosas exceções: o Franjinha, que nasceu loiro porque eu não tinha tempo de ficar pintando o cabelo dele (ainda não tinha equipe para me auxiliar), e o Rolo, com uma esquisita cabeleira encaracolada azulada meio fora de propósito.
         E as não morenas?
         Tem a Carminha Fru-Fru, aquele poço de petulância e antipatia.
         Tem a Denise, toda fofoqueira.
         Tem os meninos Reinaldinhos, Ronaldinhos e outros inhos, metidos a galãs, machõezinhos, todos loiros.
         Ah, sim. Tem mais uns personagens com cabelos claros. Naturalmente secundários, como o Xaveco e o Zé Lelé... mas estes não contam.
         Estamos falando de loiras.
         Buscando a loira "alfa", líder, bondosa, carismática, referência, que me parece ainda está para sair do lápis.
         Assim, em defesa das loiras apartadas, esquecidas, magoadas, preteridas... sugiro uma discussão urgente para discutirmos essa falha na composição do nosso universo ficcional.
         Porque... o mundo... não seria o mesmo sem as loiras. Como dizem músicos e poetas.
1) Qual a preocupação do narrador, citada no texto?
2) Você sabe o que significa preconceito? Procure o seu significado no dicionário e das outras palavras destacadas no texto.
3) Agora que você já sabe o significado da palavra, você tem ou já teve preconceito?
4) Você já presenciou algum ato de preconceito contra alguma pessoa? Conte como foi.
5) Qual dos personagens citados no texto, nasceu loiro?
6) Qual a justificativa do autor para que Franjinha fosse loiro?
7) 
Na frase: “Outro dia, após uma conversa com a Marina, minha filha...” De quem Marina é filha?
(   ) do narrador                                 (   ) do leitor                            (   ) do roteirista
8) Quais as personagens citadas no texto que não são crianças?
 9) Na frase: “... com uma esquisita cabeleira encaracolada azulada meio fora de propósito.”
        A expressão em destaque significa que o cabelo de Rolo era:
(   ) embaraçado                                   (   ) fora do normal
(   ) liso                                                 (   ) normal

10) Quais as características dadas a Carminha Fru-Fru?

11) E a Denise?

12) Xaveco e Zé Lelé são personagens:
(   ) principais                                    (  )mais importantes                          (   ) menos importantes

13) Qual das personagens citadas no texto você mais gosta? Por quê?

14) Faça um desenho bem bonito da personagem que você citou.


“O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor”

Retrocesso
         O visitante estranhou porque, quando o levaram para conhecer a sala de aula do futuro, não havia uma professora-robô, mas duas. A única diferença entre as duas era que uma era feita totalmente de plástico e fibra de vidro — fora, claro, a tela do seu visor e seus componentes eletrônicos —, e a outra era acolchoada. Uma falava com as crianças com sua voz metálica e mostrava figuras, números e cenas coloridas no seu visor, e a outra ficava quieta num canto. Uma comandava a sala, tinha resposta para tudo e centralizava toda a atenção dos alunos, que pareciam conviver muito bem com a sua presença dinâmica, a outra dava a impressão de estar esquecida ali, como uma experiência errada.
        O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor. O entendimento entre a máquina e as crianças era perfeito. A máquina falava com clareza e estava programada de acordo com métodos pedagógicos cientificamente testados durante anos. Quando não entendiam qualquer coisa as crianças sabiam exatamente que botões apertar para que a professora-robô repetisse a lição ou, em rápidos segundos, a reformulasse, para melhor compreensão. (As crianças do futuro já nascerão sabendo que botões apertar.)
        — Fantástico! — comentou o visitante.
        — Não é? — concordou o técnico, sorrindo com satisfação.
        Foi quando uma das crianças, errando o botão, prendeu o dedo no teclado da professora-robô. Nada grave. O teclado tinha sido cientificamente preparado para não oferecer qualquer risco aos dedos infantis. Mesmo assim, doeu, e a criança começou a chorar. Ao captar o som do choro nos seus sensores, a professora-robô desligou-se automaticamente. Exatamente ao mesmo tempo, o outro robô acendeu-se automaticamente. Dirigiu-se para a criança que chorava e a pegou no colo com os braços de imitação, embalando-a no seu colo acolchoado e dizendo palavras de carinho e conforto numa voz parecida com a do outro robô, só que bem menos metálica. Passada a crise, a criança, consolada e restabelecida, foi colocada no chão e retomou seu lugar entre as outras. A segunda professora-robô voltou para o seu canto e se desligou enquanto a primeira voltou à vida e à aula.
         — Fantástico! — repetiu o visitante.
         — Não é? — concordou o técnico, ainda mais satisfeito.
         — Mas me diga uma coisa... — começou a dizer o visitante.
         — Sim?
         — Se entendi bem, o segundo robô só existe para fazer a parte mais, digamos, maternal do trabalho pedagógico, enquanto o primeiro faz a parte técnica.
         — Exatamente.
         — Não seria mais prático — sugeriu o visitante — reunir as duas funções num mesmo robô?
Imediatamente o visitante viu que tinha dito uma bobagem. O técnico sorriu com condescendência.
         — Isso — explicou — seria um retrocesso.
         — Por quê?
         — Estaríamos de volta ao ser humano.
        E o técnico sacudiu a cabeça, desanimado. Decididamente, o visitante não entendia de futuro.

                                                                 
Luís Fernando Veríssirno. In Nova Escola. São Paulo. Abril, out. 1990. p. 19.

Explorando o texto:
Responda de acordo com o texto:
a. Quais as características das professoras descritas no texto?
b. Segundo o autor do texto, como seria a aula do futuro?
c. Na aula do futuro, como agiriam os alunos quando tivessem alguma dúvida?
d. O que aconteceu quando a criança machucou-se no teclado?
e. Na sua opinião, qual a razão de ter duas professoras-robô para atender aos alunos?
f. A professora de plástico e fibra de vidro satisfazia que tipo de necessidade das crianças? Por quê?
g. Qual era a função da professora acolchoada?
h. Na sua opinião, por que seria um retrocesso reunir todas as funções da professora numa máquina apenas?

1. Na sua opinião, a professora-robô é diferente das professoras que você conhece? Por quê?
2. Numere as frases de acordo com a ordem de acontecimentos do texto:
( ) Uma das crianças prendeu o dedo no teclado.
( ) O visitante estranhou, quando o levaram para conhecer a sala de aula, havia duas professoras.
( ) O aluno que machucou o dedo começou a chorar.
( ) O técnico sacudiu a cabeça desanimado.
( ) A segunda professora voltou para o seu canto e se desligou, enquanto a primeira voltou a dar aula.
( ) O visitante viu que dito uma bobagem.
( ) O visitante acompanhou uma aula do futuro.

3. Marque com X as palavras que você usaria para caracterizar a “professora_robô”, que explicava a matéria para as crianças.
( ) impaciente ( ) simpática ( ) carinhosa ( ) eficiente
( ) gentil ( ) impessoal ( ) objetiva

4. Marque com X a resposta correta:
O significado de retroceder é:
( ) realizar alguma coisa
( ) melhorar o ensino.
( ) voltar para trás
( ) nenhuma das respostas.

Observe as tirinhas e responda:
1) Reescreva corretamente a frase do 1º quadrinho.

2) Ao ver o gesto de Cascão no 2º quadrinho, o que Cebolinha pensou?

3) No 3º quadrinho Cebolinha demonstrou:
(   ) alegria                              (   ) irritação
(   ) satisfação                        (   ) tristeza
1) Você conhece a personagem que aparece no 2º quadrinho? Converse com sua professora sobre sua história.

2) Por que Cascão pediu para que Pinóquio contasse mais uma mentira?
1) Para Cascão sua boa ação foi:
(   ) telefonar para seus amigos
(   ) não deixá-los tomar banho
(   ) usar o orelhão.
(   ) assustar seus amigos
1) 
    Identifique na tira o efeito de humor:










(    ) Os dois cachorros queriam sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.
(    ) Nenhum dos cachorros queria sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.
(    ) A cachorrinha queria sair somente com Bidu.
(    ) A cachorrinha não queria sair com nenhum dos cachorros.




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